Jaque festeja resultado de Santiago e foca os Jogos de Paris
Atleta gaúcha foi quarta colocada nos 800 metros rasos do Pan-Americano
6/11/2023, com informações das assessorias da atleta e da CBAt
Jaqueline Weber competiu pela primeira vez no maior festival esportivo continental (Wagner Carmo/CBAt)
A meio-fundista teutoniense/santa-cruzense Jaqueline Beatriz Weber, do Praia Clube/Miller/Certel/Florestal, terminou em quarto lugar na final dos 800 metros rasos no torneio de atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Ela cravou com 2min04s99 na disputa realizada no sábado, 4.
O pódio dessa prova foi formado pela cubana Sahily Diago, campeã com 2min02s71, a uruguaia Deborah Rodríguez (2min02s88) e a também cubana Rose Mary Almanza (2min03s68). “Foi o meu primeiro Pan. Saio daqui feliz. Vou voltar, com o objetivo de brigar por medalha”, projetou Jaqueline.
A próxima edição dos Jogos Pan-Americanos será realizada em outubro e novembro de 2027 na cidade Barranquilla, na Colômbia. Antes disso, Jaque Weber vira os olhos para os Jogos Olímpicos Paris 2024. “Tenho certeza de que estarei em Paris para representar o Brasil”, garantiu a meio-fundista, que correrá pelos índices dos 800 e dos 1.500 metros rasos.
Em seus perfis nas redes sociais, Jaque postou uma carta aberta com sua avaliação sobre a jornada na capital chilena. Confira a seguir a íntegra da manifestação:
4° lugar nos Jogos Pan-Americanos. Depende do ponto de vista, um bom resultado. Se olhar por outra ótica, pode não ser tanto. O que eu sei é q essa história começou há 18 anos, pois a Jaque q esteve na pista ontem foi forjada com muitos anos de treino e dedicação ao atletismo. Representar o seu país dentro de um ciclo Olímpico em um Pan Americano é daqueles momentos únicos, e um dos ápices da carreira de um atleta do atletismo é a conquista de uma medalha. E eu sabia disso. Por isso sempre tive comigo 3 coisas. Primeiro, estar nestes Jogos. Segundo, avançar para a final e terceiro, brigar por medalhas. E eu briguei, mas ela não veio. Escrevo isso, sentada no banheiro, às 4 horas da manhã com os olhos marejados. Passa um filme na cabeça. Eu me dediquei especialmente para essa competição, como poucas vezes fazemos dentro de uma temporada para um momento específico. Foram muitas abdicaçoes e treinos, alguns melhores da minha vida. Por isso sei que estava muito preparada, e isso me conforta, além de não gerar nenhum arrependimento. Na minha carreira, tudo foi conquistado pouco a pouco, com muito suor. Provavelmente eu não seja tão talentosa. Mas sim muito insistente. Há quatro anos, nem no Pan eu estava, mas sempre acreditei e trabalhei, temporada por temporada. Por isso hoje, seria um desrespeito comigo mesma não considerar esse quarto lugar um excelente resultado. E ele só veio, porque muitas pessoas trilharam esse caminho comigo ao longo dos anos, em especial, nos últimos, preciso agradecer ao meu noivo e treinador, Fabiano, a minha fisio Lisiane e meu nutri Yuri. Vocês tem sido pilares sólidos na minha trajetória. Por fim, acho q é isso que fica. A jornada. Olha o quanto eu evolui. Ela não termina aqui. Eu não sei como estarei daqui a quatro anos, pois nossa vida é composta por muitos fatores. Mas realmente espero poder voltar ao próximo Pan com mesma energia e entrega, e ainda mais experiente, para escrever um novo capítulo desta história.
Gratidão aos meus patrocinadores e a torcida de centenas de brasileiros. Minha admiração ao Chile, que colocou quase 50 mil pessoas no estádio, enobrecendo o atletismo.
Com carinho,
Jaqueline Weber.
Jaque vai à final dos 800 m do Pan de Santiago
Meio-fundista passou em segundo lugar na primeira série semifinal nesta sexta-feira
3/11/2023, por José Carlos Ferreira
Jaqueline Weber correrá por medalha a partir das 18 horas (de Brasília) deste sábado, 4 (Reprodução YouTube/Canal Olímpico Brasileiro)
A meio-fundista teutoniense/santa-cruzense Jaqueline Beatriz Weber, do Praia Clube/Miller/Certel/Florestal, alcançou a classificação para a final dos 800 metros rasos do torneio de atletismo dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Nesta sexta-feira, 3, à tarde, ela finalizou a primeira série semifinal em segundo lugar, com o tempo de 2min04s12.
A cubana Rose Mary Almanza venceu a série com 2min02s87, enquanto a terceira colocação e última vaga da prova para a final ficou a uruguaia Deborah Lizeth Rodríguez, que marcou 2min04s70. A decisão dos 800 metros rasos com essas três atletas mais o trio que passou pela segunda semifinal será neste sábado, 4, a partir das 18 horas (de Brasília), com transmissão pelo Canal Olímpico do Brasil e CazéTV no YouTube.
Jaque fez uma prova bastante tranquila. Em sua estratégia, fez quase toda a primeira volta atrás das quatro concorrentes – também estavam a norte-americana Brooke Feldmeier e a representante de Barbados, Sonia Melrose Gaskin. A partir do começo da segunda, passou a buscar as primeiras posições, chegou a se tocar com Sonia e no sprint final superou a uruguaia Deborah, sua velha conhecida do circuito sul-americano.
Veja a seguir o vídeo da segunda e última volta da série semifinal de Jaqueline Weber.
Jaqueline Weber ruma aos Jogos Pan-Americanos
Atleta gaúcha disputará os 800 metros rasos no torneio de atletismo no fim desta semana
30/10/2023, da assessoria de comunicação da atleta
Meio-fundista teutoniense/santa-cruzense finalizou os treinos em Lajeado nesta segunda-feira (Divulgação)
A atleta Jaqueline Weber, do Praia Clube/Miller/Certel/Florestal, embarcará nesta terça-feira, 31, para o Chile, para disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Nessa segunda, 30, ela realizou o último treinamento na pista do Estádio Olímpico da Univates, em Lajeado.
“Estamos prontos. Todo processo de treinamento foi feito, sem nenhuma lesão ou outro problema. Foram mais de 30 dias fora de casa, além de treinos específicos agora nesta semana que estive no Rio Grande do Sul”, comenta Jaqueline.
O atletismo de pista na capital chilena iniciou nessa segunda-feira e seguirá até o próximo sábado, 4 de novembro. Jaqueline disputará a semifinal dos 800 metros rasos na sexta-feira, 3, às 17 horas (de Brasília). Em caso de classificação, terá a final no sábado, às 18 horas. As competições tem transmissão pelo Canal Olímpico do Brasil e CazéTV no YouTube.
“Jaque fez todo processo de treinamento com uma entrega total. Fez sua parte ao máximo para chegar na melhor forma neste que é o maior evento das Américas. Participar de um Pan é realizar um sonho, mas Jaque sempre quer fazer o melhor e vai tentar uma medalha para o país. Participar com ela desse processo é um orgulho sem tamanho”, frisa o técnico Fabiano Peçanha, que está em Santiago.
“Estou muito feliz. É a realização de um sonho. Agora quero desfrutar deste momento, de convivência com grandes atletas em um gigantesco evento. E na hora que entrar na pista, deixar o meu máximo lá”, planeja a atleta.
Estreia: Ultramaratona chega a Sinimbu e Santa Cruz do Sul
Prova inédita nas rotas para o Salto do Rio Pardinho atrai 64 atletas e organização projeta crescimento nas próximas edições
Cristiano Rosa/Especial
As paisagens interioranas dos municípios de Santa Cruz do Sul e Sinimbu, no centro do Rio Grande do Sul, serviram de molduras para a passagem de atletas de ferro nos dias 18 e 19 de setembro último. A primeira edição da Ultramaratona Salto do Rio Pardinho (UMSRP) atraiu 64 corredores dispostos a vencer, em até 24 horas, os 105 quilômetros de muitas subidas e descidas, em sua maior parte sobre estradas de chão batido e em meio a belezas naturais – que também são ótimas dicas para o ecoturismo na região, além da prática esportiva.
Os competidores, distribuídos nas categorias solo, dupla e quarteto, partiram da Comunidade Evangélica Ponte Rio Pardinho, no 9ª distrito de Santa Cruz, em direção ao Salto do Rio Pardinho, uma reserva permanente de proteção natural no interior de Sinimbu. De lá, num longo trecho em declive, continuaram até o centro do município. A altimetria em todo o percurso variou entre 40 metros e 644 metros, com ganho de aclividade de 1.864 metros.
A Ultramaratona Salto do Rio Pardinho foi uma realização da DS Runners em parceria com as prefeituras de Sinimbu e Santa Cruz, e a inspiração para o nome do evento foi justamente a beleza que envolve o circuito, em especial o rio e a sua principal cascata. “As paisagens da nossa região são lindas, maravilhosas. Quando conheci o Salto, em 2018, achei o lugar espetacular, não deve nada para outros lugares do Estado. Então pensei em valorizar mais a região com um evento esportivo e agora foi dada a largada para esta e outras iniciativas”, explicou Daniel da Silva, organizador da UMSRP.
Ele confia no crescimento do evento junto com o aproveitamento amplo da paisagem regional. “Esta foi a primeira vez que tivemos uma ultramaratona por aqui e de caráter trail [envolve trilhas, montanha, área rural], em meio a natureza. Temos que trazer esse público, que vem crescendo em todo o Brasil, que quer se desafiar a correr a ultramaratona. Então queremos fomentar a vinda desse pessoal para cá, receber mais turistas esportivos e de modo geral, para contemplar a natureza. Este evento tem tudo para crescer e se tornar internacional”, aposta Daniel.
A força da união na corrida solo
A categoria trio não fez parte da Ultramaratona Salto do Rio Pardinho, mas foi nesse tipo de conjunto que os amigos Eliana Milioransa Cagliari, 34 anos; Júlio César Becker, 41; e Marli Irene Rutsatz, 60, se reuniram e somaram forças para cumprir os 105 km na solo. Únicos santa-cruzenses nesta divisão da prova, eles traçaram um mesmo plano de corrida, que se materializou em cerca de 18 horas e meia nas estradas de Santa Cruz e Sinimbu. Missão cumprida com técnica, diversão e satisfação.
“Para mim, fazer a distância de 100 km ou acima era um desafio que eu almejava há um tempo. Com a vinda da pandemia, esse sonho foi adiado. Então, o Daniel [da Silva, organizador da UMSRP] resolveu peitar esse evento, nos surpreendendo, pois como não vínhamos treinando e sem fazer provas seria um desafio e tanto”, descreveu Eliana Milioransa, sobre o estalo para encarar a ultramaratona.
Da decisão de correr para o planejamento da disputa. “A pedido do Júlio, sentamos e conversamos, traçamos estratégias. A principal delas, e a que nos levou à linha de chegada, foi que faríamos juntos, um dando apoio emocional ao outro. E foi assim por toda a prova. Nosso ritmo era nos divertir, curtir o percurso, se alimentar e se hidratar com bastante frequência para não faltar energia”, revelou.
A corrida solo em trio solidário contou com equipe de apoio e o material essencial para os atletas cumprirem o desafio e suportarem os desgastes que ele provoca. “Uma prova nesse nível exige que se reponha as energias para não sofrer. Não que você não sofra, porque chega uma hora em que as câimbras insistem em aparecer, o corpo não aguenta mais. Mas, ajudando um ao outro, tudo fica menos dolorido, a noite fica menos escura e a solidão não tem vez. Concluímos a prova como planejado tanto em tempo como em estratégia e em se divertir”, definiu Eliana, que ainda exaltou a organização da UMSRP em nome do trio. “Parabenizamos o Daniel por, com tão pouco recurso, conseguir nos proporcionar um evento nesse nível”, sublinhou.
Cristiano Rosa/Especial
Resultados da 1ª Ultramaratona Salto do Rio Pardinho
Solo masculino
1º – Cristiano Linhares – 11h32min43
2º – Dirceu de Souza Alves – 11h44min47
3º – Geovane Griesang – 11h46min15
4º – Cristiano Fetter Antunes – 16h10min55
5º – Júlio César Becker – 18h28min25
6º – Carson Roger da Silva – 20h34min05
Solo feminino
1º – Samanta Kelly Menoncin Pierozan – 16h30min01
2º – Eliana Milioransa Cagliari – 18h30min24
3º – Marli Irene Rtusatz – 18h31min00
Dupla feminina
1º – Eduarda e Luciana – 10h44min17
2º – Andreza e Simeri – 11h20min17
Dupla mista
1º – Ramon e Fernanda – 10h39min58
2º – Deoclécio e Martina – 10h53min35
Quarteto masculino
1º – Papaléguas – 8h19min45
2º – Treino de Domingo – 8h57min26
3º – Swarowsky/Kroth Runners – 9h04min00
4º – Equipe não informada – 9h11min08
5º – Ativ Run – 9h18min58
Quarteto feminino
1º – Ativ Run – 9h12min24
2º – Academia Corpus – 13h42min55
Quarteto misto
1º – Chumbinho – 7h19min42
2º – Mata ou Morro – 10h42min48
3º – Aliança Domingo Vera City – 11h11min25
Atletismo: Fernanda Borges deixa Tóquio para mirar Paris
Santa-cruzense não passa para a final do lançamento do disco e já inicia o próximo ciclo olímpico
Fernanda Raquel Borges Martins se despediu dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 na noite dessa sexta-feira, 30, pelo horário brasileiro, manhã na capital do Japão. Com 57,90 metros em sua segunda tentativa e erros nas outras duas, ela ficou em décimo lugar na primeira bateria classificatória para a final do lançamento do disco e em 24º no geral.
Assim, a santa-cruzense, de 33 anos, que enfrentou uma suspensão provisória de dois meses por doping, do qual acabou se livrando dias antes do começo do torneio de atletismo em Tóquio, a santa-cruzense retornará ao Brasil para descansar e recomeçar a rotina de treinamentos e competições. Fernanda vai mirar a sua terceira ida aos Jogos Olímpicos, agora num ciclo mais curto, pois a próxima edição do maior evento esportivo do mundo será em 2024, em Paris, França.
A paraibana Andressa Oliveira Morais, 30, terminou em 13º lugar na segunda bateria classificatória e em 21º no geral, com 58,90 m. Já Izabela Rodrigues da Silva conseguiu a última vaga para a final na qualificação, terminando na 12ª posição, com 61,52 m. “Estou muito feliz e ganhei o melhor presente possível de aniversário”, vibrou a paulista, que completará 26 anos na segunda-feira, 2, quando voltará ao Estádio Olímpico de Tóquio para a final, que será às 8 horas (de Brasília).
Tóquio 2020: Fernanda Borges disputa vaga na final do disco
Santa-cruzense, 11ª colocada no ranking mundial, vai a campo na primeira das duas baterias de qualificação
A santa-cruzense Fernanda Raquel Borges Martins, de 33 anos, encabeça o trio brasileiro que vai disputar as provas de lançamento do disco no torneio de atletismo dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Ela está na primeira qualificatória para a final nesta sexta-feira, 30, a partir das 21h30, enquanto as compatriotas Andressa Oliveira de Morais e Izabela Rodrigues competem às 22h55.
Fernanda é a 11ª colocada no ranking mundial do lançamento do disco pela Federação Internacional de Atletismo. Na primeira bateria qualificatória no Estádio Olímpico de Tóquio, ela vai enfrentar 14 adversárias, das quais quatro estão no Top 10: a croata Sandra Percovic (2ª), a a cubana Denia Caballero (3ª), alemã Kristin Pudenz (6ª) e holandesa Jorinde van Klinken (10ª). As demais estão posicionadas do 17º lugar para diante.
Isabela e Andressa terão a companhia de outras cinco integrantes do Top 10, incluindo a líder, a cubana Yaime Perez. As atletas qualificadas para a final nas duas séries desta sexta-feira, ganharão um curto, porém importante descanso no calendário. A decisão pelas medalhas de ouro, prata e bronze será na segunda-feira, 2, a partir das 8 horas (de Brasília, 20 horas em Tóquio).
Santa-cruzense se livrou de acusação de doping
O time brasileiro para o torneio de atletismo dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 ganhou o reforço da santa-cruzense Fernanda Raquel Borges Martins na semana de abertura do evento. Ela se livrou da suspensão provisória por doping, aplicada pela World Athletics, a federação internacional da modalidade, e está apta a competir por medalha no Japão, para onde viajou no domingo, 25, véspera de seu aniversário de 33 anos.
Um exame antidoping realizado pela atleta no dia 21 de maio constatou a presença de ostarine, uma substância proibida, que é um modulador metabólico. Na última quarta-feira, 21, o tribunal da World Athletics que julga casos como o de Fernanda lhe deu dois meses de suspensão, período que ela já cumpriu e, por isso, ficou livre para ir ao torneio olímpico em Tóquio. A federação internacional havia pedido um apenamento de quatro anos para a santa-cruzense.
Fernanda, nona colocada no Mundial de Atletismo Doha 2019, é a 11ª colocada no ranking mundial feminino do lançamento do disco, com 1.232 pontos e já tinha índice olímpico para a prova desde o dia 24 de abril deste ano, quando registrou 64,21 metros para vencer uma prova no camping de treinamento de Chula Vista, nos Estados Unidos, superando os 63,50 metros exigidos pela World Athletics. Ela manteve a rotina de treinos durante a suspensão provisória.
Atletismo: Projeto da Escolinha abre com 12 alunos
AMO incentiva a prática esportiva na juventude e busca novos talentos para a modalidade
Fotos: Divulgação/AMO
A Associação Medalha de Ouro (AMO) inaugurou na terça-feira, 20, a sua Escolinha de Atletismo, que oferece ensinamento e atividade física a adolescentes de 12 a 15 anos de idade. A entidade, reconhecida por revelar campeões estaduais, nacionais e internacionais da modalidade, abriu suas portas para o novo projeto de forma gratuita, com o objetivo de promover a inclusão social e o desenvolvimento pessoal dos jovens através do esporte.
A manutenção da equipe competitiva e do projeto de formação de novos talentos se dá pela parceria da AMO com a Universidade de Santa Cruz do Sul, da qual os atletas ganham bolsas de estudos para cursar o ensino superior. Isso também abre portas para o mercado de trabalho e auxilia no desenvolvimento pessoal de cada um.
As aulas da Escolinha AMO são às terças e quintas-feiras, das 13h15 às 14h15. O grupo inicial conta com 12 alunos de três escolas santa-cruzenses. A garotada foi recepcionada pelo técnico Fabiano Peçanha, ex-atleta olímpico e um dos fundadores da Associação Medalha de Ouro, além de Jaqueline Weber, meio-fundista que está entre as melhores dos rankings nacional e sul-americano dos 800 e dos 1.500 metros rasos. O professor do projeto é Everton Freitas.
Outras informações sobre a Escolinha de Atletismo e demais atividades da AMO podem ser obtidas na sede da entidade, localizada na Avenida Independência, 2335, ao lado da pista atlética da Unisc. Também o e-mail associacaomedalhadeouro@gmail.com pode ser utilizado para contato com os integrantes e organizadores do projeto e da equipe, bem como no perfil no Instagram. A iniciativa tem apoio de Unimed VTRP, Unisc e Germânia Alimentos.
Atletismo: Jaque é Top 100 do mundo nos 800 e 1.500 m
Teutoniense do time AMO/Miller/Languiru/Qualicoco se anima para o ciclo olímpico pós-Tóquio 2020, de olho em Paris 2024
Marcelo Matos
A expectativa de figurar entre as 100 melhores colocadas no ranking mundial olímpico para Tóquio 2020 de duas especialidades do atletismo se confirmou para Jaqueline Beatriz Weber, da equipe AMO/Miller/Languiru/Qualicoco, de Santa Cruz do Sul. Ela aparece na posição 89 dos 800 metros rasos e na 97 dos 1.500 metros rasos. As listas foram atualizadas pela Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) na quarta-feira, 30 de junho.
Ainda não foi o suficiente para a atleta teutoniense agarrar ao menos uma vaga na Olimpíada deste ano, que terá cerimônia de abertura no dia 23 de julho, mas ela comemora a evolução na temporada, onde teve quebra de melhores marcas pessoais, e projeta alcançar os Jogos de Paris 2024. Em 2021, Jaque sagrou-se vice-campeã brasileira nas duas provas e registrou as melhores performances pessoais em ambas: 2min02s69 nos 800 m, em junho, e 4min18s67 nos 1.500 m, no mês anterior.
“É um momento de muita felicidade, sem dúvidas. Ainda vamos analisar matematicamente o que tudo isso significa, cada marca, os pontos que a última qualificada para os Jogos de Tóquio pelas cotas fez, vamos analisar cada aspecto. Como é um sistema novo de ranqueamento, nós mesmos ainda somos pouco experientes nisso, ainda estamos aprendendo e conhecendo melhor como funciona na prática. O certo é que ele abre portas, tanto que o Brasil levará a maior delegação do atletismo da sua história para Tóquio justamente pelo ranking olímpico de pontos”, avaliou Jaque, que projeta aproveitar essa abertura no futuro breve.
“Com certeza, é uma porta bem interessante para mim. Apesar de que o índice olímpico para o Rio (Jogos de 2016) era 2min01s50 (nos 800 m), o sistema de pontuação fez com que os índices ficassem mais fortes, foi (o dos 800 m) para 1min59s50, hoje eu estaria a quase 1 segundo do índice antigo e agora estou a quase 3 segundos do atual. Então o novo sistema dificultou um pouco a ida direto, mas ao mesmo tempo ele dá possibilidade pela pontuação e, como sou uma atleta bem regular, essa possibilidade se abre para mim, basta eu encontrar as provas certas na próxima temporada, pensando no Mundial do Óregon (em 2022, nos Estados Unidos). Então é importante estar em provas de nível internacional. O sonho olímpico é real e o ciclo para Paris 2024 será mais curto, de três anos, e a gente vai representar toda a região na seguinte edição dos Jogos, se Deus quiser”, planejou.
Jaque ainda subiu várias posições no ranking mundial geral por pontos da World Athletics nas suas duas especialidades. Nos 800 m, em uma semana ela passou da posição 207, onde tinha 1.092 pontos em 22 de junho, para a 158 com 1.122. A brasileira melhor posicionada é a paranaense Flávia Maria de Lima, na 78ª colocação com 1.165. Na lista dos 1.500 m, a teutoniense é a primeira entre as compatriotas, em 232º lugar com 1.075, e superou a carioca Rejane Bispo da Silva, que continua com 1.044 e desceu do 294º degrau para o 316º.
CBAt relaciona 51 atletas para a Olimpíada
Reprodução Facebook CBAt
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou na quinta-feira, 1º, a lista dos 51 atletas – 31 homens e 20 mulheres – convocados para a Olimpíada de Tóquio 2020, que terá a cerimônia de abertura no dia 23 de julho. O torneio de atletismo será disputado de 29 deste mês a 8 de agosto no Estádio Olímpico do Japão e no Sapporo Odori Park, que fica a cerca de 800 km da capital nacional.
O anúncio ocorreu depois que a World Atlhetics – Federação Internacional de Atletismo – fechou o seu ranking mundial por pontos e as informações permitiram a convocação dos atletas qualificados pelas cotas de participantes por prova. O time brasileiro da modalidade no Japão só será menor do que a registrada nos Jogos do Rio 2016, quando teve 67 integrantes.
“Quero parabenizar a todos os atletas convocados, treinadores, clubes e federações e aos que fizeram grande esforço e não conseguiram qualificação por índices ou por cotas. Tenho certeza de que o Brasil estará bem representado no Japão”, comentou o presidente do Conselho de Administração da CBAt, Wlamir Motta Campos, em entrevista coletiva virtual.
“O desafio para a definição da seleção brasileira foi enorme por causa das dificuldades enfrentadas em todo o mundo (relativas à pandemia do novo coronavírus), assim como está sendo a logística da preparação final dos atletas para os Jogos. Por isso, a partir do dia 9 de agosto, após o encerramento da Olimpíada de Tóquio, já começaremos a trabalhar para Paris 2024”, acentuou Claudio Castilho, diretor-executivo da CBAt e chefe de missão da equipe. O atletismo reunirá cerca de 1,9 mil competidores de 190 países no Japão.
Castilho afirmou que o objetivo da CBAt é que os brasileiros disputem 13 finais, duas a mais do que no Rio 2016. “Quanto mais finais o Brasil fizer, mais perto de uma medalha estará”, sublinhou o diretor-executivo. Ele ainda lembrou que 50 dos 51 convocados têm origem em 13 Estados do País e no Distrito Federal – Rosangela Santos nasceu nos Estados Unidos. “Esse é um dado extremamente importante porque mostra a força do atletismo em todas as regiões do Brasil”, observou.
O dirigente contou que as duas maiores partes da equipe nacional seguem no dia 16 de julho do Brasil e no dia 17 de julho de Portugal. Os dois grupos se encontram no dia 18 em Saitama, no Japão, onde os atletas passarão pelo período de aclimatação. Outros convocados sairão de campings de Espanha, Itália, Alemanha, Suíça e Equador. Castilho explicou que os atletas só entrarão na Vila Olímpica 48 horas antes de suas provas e terão o mesmo prazo para retornar aos seus destinos depois da participação.
Dos 51 atletas, 13 entraram pelas cotas da World Athletics. Alguns serão inscritos em mais de uma prova e os convocados, em conjunto com seus treinadores, deverão confirmar as disputas que farão no Japão. “Essa é uma informação importante para a WA porque a aceitação ou não implica na abertura de novas vagas para atletas de todo o mundo”, lembrou Castilho, que vai à quarta Olimpíada da carreira (nas anteriores ele foi como treinador).
Os convocados
Masculino
Paulo André de Oliveira (Pinheiros-SP) – 100 m, 200 m e 4x100 m
Felipe Bardi dos Santos (Sesi-SP) – 100 m e 4x100 m
Rodrigo Nascimento (CT Maranhão-MA) – 100 m e 4x100 m]
Derick de Souza da Silva (Pinheiros-SP) – 4x100 m
Jorge Henrique da Costa Vides (Pinheiros-SP) – 200 m e 4X100 M
Aldemir Gomes da Silva Junior (Pinheiros-SP) – 200 m
Lucas da Silva Carvalho (Fecam-PR) – 400 m e 4x400 m misto
Anderson de Freitas Henriques (AABlu-SC) – 4x400 m misto
Pedro Luiz Burmann (AABlu-SC) – 4x400 m misto
Thiago do Rosário André (CT Maranhão-MA) – 800 m e 1.500 m
Gabriel Constantino (Pinheiros-SP) – 110 m com barreiras
Eduardo de Deus (CT Maranhão-MA) – 110 m com barreiras
Raphael Henrique Pereira (Clã Delfos-MG) – 110 m com barreiras
Alison dos Santos (Pinheiros-SP) – 400 m com barreiras
Marcio Teles (Orcampi-SP) – 400 m com barreiras
Altobeli Santos da Silva (Pinheiros-SP) – 3.000 m com obstáculos
Thiago Braz da Silva – salto com vara
Augusto Dutra Oliveira (Pinheiros-SP) – salto com vara
Samory Uiki (Sogipa-RS) – salto em distância
Almir Cunha dos Santos (Sogipa-RS) – salto triplo
Alexsandro Melo (CT Maranhão-MA) – saltos em distância e triplo
Fernando Ferreira (Orcampi-SP) – salto em altura
Thiago Júlio Moura (Associação Unindo Famílias-SP) – salto em altura
Darlan Romani (Pinheiros-SP) – arremesso do peso
Daniel Ferreira do Nascimento (ABDA-SP) – maratona
Paulo Roberto Paula (São Paulo/Kiatleta-SP) – maratona
Daniel Chaves (Pinheiros-SP) – maratona
Caio Bonfim (Caso-DF) – 20 km e 50 km marcha atlética
Matheus Gabriel Correa (AABlu-SC) – 20 km marcha atlética
Lucas Gomes Mazzo (Caso-DF) – 20 km marcha atlética
Felipe Vinícius dos Santos (AABLU-SP) – decatlo
Feminino
Vitória Cristina Rosa (Pinheiros-SP) – 100 m, 200 m e 4x100 m
Rosângela Santos (Pinheiros-SP) – 100 m e 4x100 m
Ana Carolina Azevedo (CT Maranhão-MA) – 200 m e 4x100 m
Ana Cláudia Lemos (SR Mampituba-SC) – 4x100 m
Bruna Jéssica Farias (CT Maranhão-MA) – 4x100 m
Tiffani Marinho (Orcampi-SP) – 400 m e 4x400 m misto
Tábata Vitorino de Carvalho (AA Maringá-PR) – 4x400 m misto
Geisa Muniz Coutinho (CT Maranhão-MA) – 4x400 m misto
Ketiley Batista (ASPMP-SP) – 100 m com barreiras
Chayenne Pereira da Silva (EMFCA-RJ) – 400 m com barreiras
Tatiane Raquel da Silva (Ipec-PR) – 3.000 m com obstáculos
Simone Ponte Ferraz (Jaraguá do Sul-SC) – 3.000 m com obstáculos
Eliane Martins (Pinheiros-SP) – salto em distância
Núbia Aparecida Soares (Clã Delfos-MG) – salto triplo
Geisa Arcanjo (Pinheiros-SP) – arremesso do peso
Andressa Oliveira de Morais (Pinheiros-SP) – lançamento do disco
Izabela Rodrigues da Silva (Iema-SP) – lançamento do disco
Laila Ferrer (Pinheiros-SP) – lançamento do dardo
Jucilene Sales de Lima (Iema-SP) – lançamento do dardo
Erica Rocha de Sena (Pinheiros-SP) – 20 km marcha atlética
Santa Cruz do Sul, RS, Brasil