Prazo de acerto

O espanhol Miguel Ángel Ramírez mal começou a trabalhar no Internacional e já vê o seu trabalho sob forte contestação de parte da torcida. Pudera, foi derrotado em seu primeiro clássico Gre-Nal, diante de um adversário lotado de jogadores ainda em fase de transição e em busca de afirmação no clube tricolor e com um desempenho muito ruim da própria equipe colorada. O Inter sentiu falta de inspiração, de articulação e de entrosamento. Logo, os quase 70% de domínio de posse de bola de nada adiantaram ao Colorado.

O método de trabalho europeu não se encaixa num curto espaço de tempo para dar as respostas positivas e convincentes que o torcedor brasileiro espera e exige. Assim, as derrotas para São Luiz e Grêmio, e mesmo as vitórias sob o comando de Ramírez no Gauchão, obtidas com desempenhos irregulares, deixaram uma nuvem de incertezas sobre o Beira-Rio neste início de temporada. Ainda mais quando o torcedor lembra a recente passagem de Abel Braga pelo Colorado, beliscando o título do Brasileirão 2020 já com 2021 em curso.

Ramírez, sua comissão técnica e comando do futebol do Inter precisarão encontrar logo um ajuste eficaz e promissor para o time do Internacional ou a pressão por mudanças estruturais aumentará a nível insuportável mais cedo do que se possa imaginar. O prazo do europeu não cabe no caso brasileiro. E quem avisa amigo é.

Renato “de molho”

O Grêmio vai para a primeira batalha contra o Independiente del Valle por vaga na fase de grupos da Libertadores sem Renato Portaluppi. O técnico está com covid-19 – acusou sintomas da doença na noite de domingo, 4, e teve a confirmação em teste na manhã desta segunda-feira, 5 – e vai ver pelo Fox Sports o duelo em Quito, no Equador, quarta, 7, 19h15. Da poltrona, assim como o meia Maicon, que também não viajou, Renato transmitirá as orientações necessárias para a sua comissão técnica via Whats.

A vitória no Gre-Nal injetou um gás a mais no time gremista para este desafio em Quito, a 2.850 metros de altitude em relação ao nível do mar. E vai ser preciso mais gás mesmo, porque o desempenho no clássico foi moderado para quem estava dentro da própria casa. Foram pouco mais de 30% de posse de bola, com lentidão na ligação da defesa ao ataque e falta de precisão nas conclusões até que, na última delas, Léo Chú acertou a rede fora do alcance de Lomba e garantiu a vitória.