Blog do Zé Ferreira - Notícia e Opinião
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Barcellos cara a cara com colorados em Santa Cruz do Sul

Candidato à reeleição, presidente do Internacional conversou com torcedores no sábado, 18

20/11/2023, por José Carlos Ferreira

Atual presidente garantiu que, se reeleito, o clube pode voltar a investir pesado e ganhar títulos (José Carlos Ferreira)

O presidente do Internacional e candidato à reeleição, Alessandro Barcellos, se encontrou com 50 colorados em Santa Cruz do Sul na tarde do último sábado, 18, com a participação de torcedores do município e de Rio Pardo, Vale do Sol e Venâncio Aires. A reunião na sala cedida pelo FC Santa Cruz serviu para ele e seus companheiros de Chapa 1 apresentarem as ideias sobre o clube e os planos para uma eventual segunda gestão de três anos. As eleições para a direção e à renovação de um terço do Conselho Deliberativo serão no dia 9 de dezembro, com votação dos sócios habilitados no Beira-Rio e pela internet.

 

Ele aproveitou o período sem jogos para visitar os núcleos de torcedores da Grande Porto Alegre e do interior. “A gente achava muito importante e resolvemos achar um espaço na agenda, o que não é fácil porque a gente ainda está respondendo pelo clube, diferentemente daquele que disputa a eleição comigo (Roberto Melo, da Chapa 2), que não tem essa responsabilidade hoje. E Santa Cruz do Sul é uma cidade muito importante para a gente como quadro social e proximidade com a Capital”, frisou, destacando que no Gauchão 2024 haverá confrontos com Avenida e Santa Cruz.

 

Barcellos admitiu que o plano de ações do atual comando colorado não foi executado como se esperava. Contudo, ressaltou a recuperação e o equilíbrio financeiro do clube, o que, somados a aportes de recursos que começaram a acontecer neste ano e devem se ampliar no próximo, permitirão mais investimentos em infraestrutura, relacionamento social e, principalmente, no futebol. “Temos condições de fazer já em dezembro, porque não paramos de trabalhar e estamos com o planejamento para a temporada que vem em pleno andamento, para que a gente possa chegar com o grupo ainda mais forte e competitivo para ganhar logo o Gauchão e os grenais”, projetou o dirigente, que afirmou querer a manutenção do argentino Eduardo Coudet no comando técnico em 2024.

 

“É um treinador que a gente quer que fique. Combinado com ele, pediu que a gente tratasse desse assunto (renovação de contrato) no final da temporada. Então, a partir do último jogo (do Brasileirão, dia 6 de dezembro, contra o Botafogo, no Beira-Rio), na semana seguinte vamos tratar disso. É óbvio que vou respeitar, e acho que ele também está pensando nisso, vamos respeitar a decisão dele. A nossa relação é muito positiva desde 2020, quando ele foi o treinador que trabalhou comigo (era vice-presidente de Futebol na época) e montou aquele time que fez a gente se orgulhar de ver o Inter jogar. É um cara que faz o time jogar. Podemos ter divergência, pode ter gente que não goste, mas ele chegou aqui (neste ano) há pouco mais de três meses, não fez pré-temporada, não discutiu o plantel, pois pegou quem já estava, o que é muito diferente de planejar um trabalho.” Confira a seguir outros assuntos abordados durante o encontro de uma hora e 20 minutos, que encerrou com todos cantando o hino do Internacional e sessão de fotos.

 

Herança de gestões anteriores

Antes de expor o seu plano de trabalho para um segundo mandato, Barcellos recordou fatos do passado recente e atuais da vida colorada. Ele lembrou que a sua gestão começou em 2021, ainda em meio à pandemia de covid-19 em alta, o que só permitiu que o Inter voltasse a poder ter o Beira-Rio 100% liberado para o público em jogos a partir de dezembro daquele ano. “Assumimos o clube com R$ 600 milhões em dívidas. Um clube que, em 2017, tinha R$ 300 milhões em dívidas, ou seja, esse tamanho dobra em quatro anos e sem a gente ganhar nada (títulos de competições). Inclusive, na época, ganhamos menos grenais que agora”, apontou Barcellos.

 

Desequilíbrio financeiro

“Assumimos o clube com uma queda no número de sócios para menos de 90 mil, fruto da pandemia, de dificuldades que todos nós vivemos. Um clube cuja receita com sócios também diminuía muito grande. Um clube que, para enfrentar o endividamento, teve também de se deparar com o fato externo do aumento das taxas de juros, o que tornava a nossa dívida ainda maior a cada mês.

 

Esse foi o quadro que a gente encontrou e tinha que enfrentar. A gente foi trabalhar com um propósito muito claro: precisamos colocar o nosso clube de novo no trilho. Um clube que estava desacreditado do ponto de vista financeiro e do ponto de vista do futebol. Nós não tínhamos credibilidade para, por exemplo, buscar investimentos. O futebol por si só já é uma atividade discriminada pelos investidores e mercado financeiro, porque os clubes não pagam, ficam devendo, as gestões são perdulárias. E a nossa dívida era muito grande. Então, em cada porta que nós batíamos, as pessoas perguntavam o que iríamos fazer com o dinheiro, se era gastar em mais jogadores ruins ou fazer o quê.

 

Tínhamos que recuperar a credibilidade do clube e aí nós apertamos em várias, inclusive no futebol. Reduzimos despesas e aumentamos receitas. (Na atual gestão) o Internacional consegue os seus dois primeiros superávits, ou seja, arrecadou mais do que gastou depois de sete anos só de déficits. Quando a gente assumiu, há 11 anos já não se ganhava nada; há quatro anos não se ganhava Gauchão. Então, lá tinha esse mesmo desafio que estamos enfrentando agora (conquistar títulos), mas com uma dívida que não parava de crescer.”

 

Ajustes duros

“A gente enfrentou tudo com muita dureza. A área de relacionamento social, por exemplo, que faz a conexão com as cidades do interior, para vocês terem uma ideia, em 2019, ela gastou R$ 4 milhões. Nós tivemos que trazer esse orçamento para menos de R$ 2 milhões, para poder sobra um recurso para manter o futebol e o clube funcionando bem, para competir. E competimos. Em 2022, fomos vice-campeões do Brasileiro e ali começamos a mudar a fotografia, com a chegada de alguns jogadores, que são base deste time (atual), e que nos projetava um 2023 melhor do que 2022, porque você termina um campeonato em segundo lugar, na crescente, com 73 pontos, e você projeta manter o mesmo time, trazer alguns jogadores pontuais e esse time vai chegar às conquistas com uma redução de custos e austeridade financeira. Começamos o ano com esse planejamento e não conseguimos executar, não entregamos, e essa é a verdade, tenho que fazer a mea culpa. Pela execução, não conseguimos manter o futebol que tínhamos no final de 2022.

 

Tivemos dificuldade, mas insistimos, porque sempre é ruim trocar treinador. O futebol é imediatista e cobra isso. Mas aí resolvemos fazer a troca para enfrentar a Libertadores, num jogo contra uma equipe que era favorita ao título, o River Plate, e a chegada de jogadores importantes, que não foi possível trazer em janeiro por uma única razão: esses jogadores terminavam os seus contratos em junho e para trazer em janeiro nós não tínhamos dinheiro. Ou a gente trazia em junho ou não trazia.”

 

“Volta aos trilhos”

“O nosso planejamento era conseguir chegar até junho com o time que foi vice-campeão brasileiro em 2022 brigando; em junho chegam os caras bons aqui e nós atropelamos e vamos ser campeões. Mas, na execução isso não funcionou e tivemos que regular algumas coisas para que a gente voltasse a brigar. E brigamos, chegamos até o fim, ficamos entre os quatro melhores da América, mas não conseguimos passar pelo Fluminense, é uma dor que todos nós ainda temos. Mas a gente não pode botar tudo isso fora, pois é o início de um novo ciclo. O primeiro campeonato que este time que está aí montado jogou foi a Libertadores e chegou em quarto. Agora é daqui para mais, porque ‘comemos o pão que o diabo amassou’ para botar o clube nos trilhos.

 

Assinamos com a Liga Forte Futebol e estamos R$ 200 milhões em dinheiro novo nos cofres do clube neste ano e no ano que vem. Constituímos um fundo de investimentos que vai atrair investidores, não só o senhor Delcir Sonda, que é muito bem-vindo aqui, como qualquer outro investidor, colorado não, mas de preferência colorado, que queira investir no clube, para que a gente possa pegar esse recurso, baixar ou matar essa dívida, parar de pagar R$ 90 milhões de juros por ano, e fazer com que esse dinheiro vá para o futebol. E isso é perfeitamente possível agora; antes não era possível.

 

Se nós não tivéssemos feito o que fizemos, e isso é número do balanço, eu não estou inventando, a nossa dívida estaria em R$ 900 milhões hoje, como foi (nos casos) do Cruzeiro, do Botafogo, do Vasco e do Atlético Mineiro. Esse era o caminho natural das coisas. O Flamengo fez a mesma coisa em 2012: tinha uma dívida de R$ 700 milhões e faturava R$ 200 milhões. Chegou a ficar, em 2013 ou 2014, em último. Saiu, subiu, mas não ganhou títulos. Arrumou a casa e hoje é a potência que é.”

 

Planejamento para o próximo triênio

“Eu digo como nós vamos fazer. Vamos pegar R$ 200 milhões da Liga e com mais R$ 200 milhões do fundo de investimentos são R$ 400 milhões, dinheiro que usaremos para amortizar a dívida e investir no CT de Guaíba (para o time profissional). E o dinheiro que deixaremos de usar para pagar juros, vamos investir no futebol. A gente tem que lembrar: fizemos muito, mas não fizemos tudo. Estamos devendo, queremos ser campeões. Acreditamos que o que fizemos até nos dá condições de investir no futebol, de melhor a nossa equipe já em janeiro e de voltar às conquistas.

 

A gente plantou e agora a gente quer colher. Por isso pedimos o apoio de vocês, para continuar em frente, trabalhando com seriedade e transparência. Fizemos uma gestão no clube com um terço do Conselho Deliberativo; os outros dois terços eram de oposição. Agora, terminamos o ano numa eleição com mais da metade do Conselho nos apoiando. Isso é sinal de quem estava lá dentro no dia a dia, olhando a prestação de contas, os números e o esforço, reunindo com a gente e perguntando, reconheceu, porque senão, sem resultados em campo, era para estarmos com menos da metade, com 10% de apoio.

 

Confronto de projetos e ações

Quem está vivendo o clube viu que não podemos voltar para trás. E sabe por que não podemos voltar para trás? Semana retrasada e a um mês atrás, tivemos que pagar uma bela parcela de milhões de reais pro Edenilson e do Nico López. Agora, nessa semana, pagamos ao Independiente (da Argentina) uma parcela pelo Victor Cuesta, senão ficaríamos proibidos pela Fifa de contratar jogadores. ‘Ah, mas tu errou, contratou quatro treinadores com indenização milionária.’ Todos os treinadores que contratamos na nossa gestão vão ser pagos até o dia 31 de dezembro e não ficará nada para alguém pagar lá na frente.

 

O clube é uma continuidade e vão ter contas que fizemos agora que provavelmente as próximas gestões terão de pagar. Mas são contas que têm vencimento lá na frente. Nós vamos terminar esta gestão com os vencimentos da nossa gestão em dia. Estou há sete anos no clube e nunca o clube conseguiu terminar com as contas em dia num final de ano, sempre ficava uma coisinha para o ano seguinte. Nós vamos terminar em dia.”

 

Categorias de base

“Dizem que a base está destruída. O último jogador bom que nós vendemos caro foi o Alisson (goleiro do Liverpool, da Inglaterra). Os outros jogadores eram médios. Nós também estamos produzindo jogadores. Agora, alguém pega e diz que a base não tem nada, é um deserto, mas não conta a história que, em 2021, quando nós assumimos, todas as fases de iniciação, de 8 a 13 anos de idade, estavam fora do CT (de Alvorada), treinando no ginásio da Prefeitura. Nós trouxemos para dentro do CT, onde investimentos R$ 3 milhões em reformas, porque os dormitórios e a parte de campo eram uma vergonha.

 

De fato, faz muito tempo que a gente não consegue revelar jogadores no clube. Os últimos são jogadores do meio-campo para trás e que inclusive têm um valor financeiro menor. Os que valem mais são do meio para frente e talvez o último desses que a gente revelou foram o Fred (meia do Fenerbahçe, da Turquia) e o Pato (atacante do São Paulo). Então, nós precisamos voltar (a revelar atletas) e para voltar tem que reformular, fazer mais do mesmo não ia dar.

 

Nós tínhamos de 50 a 60 jogadores por categoria lá no CT da base em 2021. Como é que um treinador vai dar treino para tantos jogadores? Tivemos que fazer um esforço, mudar a metodologia, investir na estrutura do CT, buscar aumentar a equipe de observadores, capacitar esses caras para primeiro olhar o Rio Grande. Não adianta olhar o terreno do vizinho se perde os teus que estão aqui. E também, é óbvio, olhar o Brasil inteiro. E quanto mais para cima no país, maior é a disputa (por revelações de base).

 

A base mudou do que era antigamente. Você ainda pode achar um (centroavante Leandro) Damião (atualmente no Kawasaki Frontale, do Japão)? Pode. O Damião é um jogador que não teve categoria de base, foi descoberto já com 20 anos de idade. Hoje as categorias de base estão custando mais do que custavam. O jogador de 15, 16, 17 anos, que já pode ter contrato profissional, tem valor de mercado quase igual a um jogador do profissional.

 

Os clubes têm que estar preparados para investir e nós não fizemos isso. Eu faço a mea culpa. Nosso maior investimento tenha sido R$ 350 mil no Ricardo Mathias, que é um centroavante de seleção brasileira, 16 anos, 1,92 metro de altura. O investimento normal de Palmeiras e Corinthians, por exemplo, é de R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão em jogador dessa faixa. Nós vamos ter que entrar nesse mercado às ganhas, pegar um pedaço do dinheiro e separar, e dizer para os caras: ‘Queremos achar um jogador de 16, 17 anos, semipronto, do interior, mas que tem que ser bom’. Se der errado, botou dinheiro fora, mas, se der certo, R$ 1 milhão multiplica.

 

O futebol feminino está em uma outra etapa, em que ainda consegue buscar jogadoras que vão ter alto potencial de rendimento sem pagar muito caro. Tano é que o Inter vem formando a sua base e ganhando campeonatos. Mas daqui a pouco não vai mais ser assim, vai custar, vai ter que pagar, porque o mercado feminino também está melhorando, subindo. Nós precisamos formar jogadores e, se nós não deixarmos sair, vamos ter retorno esportivo primeiro e depois retorno financeiro.”

 

SAF (sociedade anônima de futebol): sim ou não?

“Este é um modelo novo no País. Há vários modelos. O Fortaleza, por exemplo, é uma SAF do Fortaleza; não tem dono, é 100% do Fortaleza. Ele só mudou o formato, deixando de ser um clube associativo para ser uma SAF, para ter benefícios fiscais, tributários, entre outros que a lei permite.

 

O Botafogo virou uma SAF, o clube perdeu quase tudo, o John Textor comprou, é o dono e vai fazer o que ele quiser do clube. No Cruzeiro, o Ronaldo (Nazário, ex-jogador) pagou um valor lá, que alguns dizem que foi um péssimo negócio e outros nem tanto. Então tem vários modelos, de 50%, de 30%.

 

Eu acho que o Internacional não tem que entrar nisso. O Internacional tem que fazer o seu dever de casa dele primeiro para depois discutir se vai abrir para algum investimento. O dever de casa é equilibrar as finanças. Hoje é o seguinte: num clube endividado, um cara vem, oferece qualquer coisa e leva. Agora, num clube em dia, bacana, disputando título, não é qualquer um que vai vir querer levar, oferecer e o presidente que estiver de plantão querer vender ou levar para o Conselho Deliberativo.

 

Temos que pagar as nossas contas, mudar o nosso estatuto no que diz respeito à profissionalização do clube e governança, modernizar isso com debate com os conselheiros e não com a caneta do presidente. Se modernizarmos e o estatuto e pagarmos as contas, aí termos uma outra situação para sentar, avaliar se o clube pode pegar 10% ou 20% de um investidor para melhorar o seu capital; se quer fazer investimento só na base; se quer fazer investimento só no patrimônio e não mexer no futebol, para melhorar o entorno do Beira-Rio com o Gigantinho, com construção de torres, com melhoria do Parque (Gigante) em relação à orla (do Guaíba).

 

Bom, aí tem um ativo bacana que pode ser um pedaço da SAF. Agora, particularmente, acho que o Inter não está pronto e não deve entrar nessa aventura. Deve, inclusive, resistir a isso e trabalhar, porque não precisamos, hoje, de uma SAF para nos organizar. Temos capacidade nos organizar numa forma associativa.

 

Relacionamento com o torcedor, em especial o do interior

“A nossa expectativa era poder ter muito mais ações aqui (no interior do Estado). Vir para cá, trazer ex-atletas, fazer aquilo que se fazia, e que se parou um pouco de fazer, com mais frequência. A gente fez um corte no orçamento e a área de relacionamento social sofreu muito. A gente já está preparando o orçamento do ano que vem, que tenho que entregar para o Conselho Deliberativo votar, e a sessão será no dia 18 de dezembro, e nesse orçamento já vai ter um acréscimo significativo de recursos para podermos fazer ações voltadas para o interior, ou seja, trazer o clube até aqui.

 

Uma segunda questão em que a gente remou e conseguimos da segunda metade do mandato para cá, mas ainda insuficiente, era trazer o Beira-Rio para cá de forma mais presente no que diz respeito a transmissões de jogos da base e do feminino. Essa questão nós vamos intensificar. A terceira questão é que temos um problema objetivo de espaço e temos que tentar democratizar isso com todo mundo.

 

Temos um estádio para 55 mil pessoas, onde 8 mil ou 10 mil espaços são da B-Rio (administradora de setores de arquibancadas, restaurantes, estacionamento e locação de espaços para eventos no Beira-Rio), mais as cadeiras perpétuas, e aí acabam sobrando 38 mil lugares para 120 mil sócios. Aí não consegue todos vão aos jogos, principalmente os grandes da temporada. São casos que a gente precisa ajustar, talvez colocar regras mais explícitas, mais transparentes, para que todo mundo saiba qual é a regra, saiba, por exemplo, porque hoje está indo mais gente de Santa Cruz e menos de Santa Maria.

 

Uma quarta questão é a recepção (do torcedor) em Porto Alegre. Essa, sim, temos que melhorar. Nós temos o projeto Dia de Inter, que a gente construiu junto, mas está aberto, ele ainda não terminou. O Dia de Inter é pegar os equipamentos do Complexo Beira-Rio e colocar à disposição: o Gigantinho, brinquedos infláveis para as crianças aproveitarem antes do jogo, melhorar a receptividade no Parque Gigante.

 

E tem uma novidade que já posso falar, que serve para quem vai do interior e para que está em Porto Alegre: acabamos de assinar um convênio com a Prefeitura onde o Inter recebeu a cedência de uma parte do Parque Marinha do Brasil e para lá já conseguimos um patrocínio para colocar 20 churrasqueiras, sendo dez cobertas e dez descobertas, com toda estrutura, como banheiros, para que os torcedores possam chegar ali mais cedo, fazer o seu churrasco e depois ir para o jogo.

 

As propostas vindas dos sócios e das sócias são as melhores propostas que o presidente pode ter. Claro, aí o presidente e os seus pares vão ver o que é possível e o que não é, mas essas são as melhores propostas porque compromete vocês que vão levar as propostas e nos faz realizar algo que é realmente o que vocês querem. Daqui a pouco a gente está pensando em fazer uma coisa para um lado e vocês estão entendendo que é melhor para um outro lado. Então, para nós isso é muito tranquilo e assumo esse compromisso com vocês. Podemos começar isso já em janeiro, talvez reunir os consulados daqui e fazer um projeto piloto aqui coma região.

 

Fizemos estudos, também, de aumento da capacidade do estádio. Não é uma coisa simples, mas a gente trabalha nisso e não vai deixar parado. Vai depender também de uma análise de custo e benefício, se realmente vale a pena ou não. Nós temos que melhorar a taxa de ocupação do estádio. O torcedor quer ir no jogo grande, mas nós precisamos do torcedor o tempo todo.

 

Então, temos que fazer movimentos para que o torcedor possa ir a jogos que não são tão atrativos. Aproveitar e propiciar ao torcedor do interior um acesso melhor em jogos que não têm tanta procura, para fazer a experiência de quem nunca foi ao estádio. A gente pode facilitar, talvez um projeto ‘Primeira Vez no Beira-Rio’ e aí levar gente que nunca foi e que é uma emoção ímpar.”

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